segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Era Vargas



Era Vargas
Era Vargas


O ano de 1930 marcou o desenvolvimento de um processo revolucionário que quebrou a hegemonia política que se desenhava no Brasil desde os primórdios do regime republicano. Apesar de significativa, a mudança não determinou uma profunda ruptura capitaneada por parcelas significativas da população nacional. Na verdade, a chamada Revolução de 1930 nos aponta uma espécie de rearranjo determinado pelas mudanças vividas na estrutura social e econômica do país.Tenentismo: Revolta dos 18 do Forte de Copacabana- os tenentes exigiam a moralização política.Semana de Arte Moderna de 1922 - rompimento com o tradicional e busca de valores artísticos nacionais. 

Desde a década de 1920, as oligarquias sofriam com a pressão dos militares participantes do movimento tenentista e da crise econômica gerada pela retração dos negócios firmados no mercado externo. Nesse meio tempo, ficava claro que não seria possível se sustentar uma estrutura de poder focada no incentivo à agroexportação e no favorecimento dos grandes proprietários de terra. Os centros urbanos cresciam e, junto deles, uma nova leva de grupos portadores de outras demandas.
No desenvolver da revolução, podemos ver que os participantes da Aliança Liberal e Getúlio Vargas se esforçaram para conquistar o apoio desses grupos urbanos, principalmente dos tenentes e dos trabalhadores assalariados. Entretanto, vemos que os mesmos também se apoiavam na figura de grandes proprietários que se mostravam insatisfeitos com a hegemonia paulista e mineira no governo federal. Dessa forma, não podemos relacionar o evento a um episódio marcado por grandes transformações.
Naquele período, as organizações operárias eram influenciadas por diferentes propostas políticas. Se destacando as dos anarquistas, contrários à participação dos trabalhadores em partidos políticos e eleições. Propostas de socialistas também influenciaram as organizações de trabalhadores.
No entanto, os socialistas concordavam com a participação política dos operários por meio de partidos e de eleições, para eles isso era uma forma estratégica para preparar realização de mudanças mais profundas na sociedade.

Em 1919 foi criada a Internacional Comunista que influenciou as disputas políticas entre os operários no Brasil.Em 1922 foi criado o Partido Comunista do Brasil (PSB).



Que era ligado à Internacional Comunista.

Seu objetivo era construir um partido operário forte, que dirigisse os trabalhadores na luta por uma revolução social.

Em 1924 as autoridades brasileiras declararam o Partido Comunista ilegal e prenderam seus principais dirigentes, lideranças operárias e anarquistas. Em 1927 foi criado o Bloco Operário e Camponês (BOC), que reunia militantes de diversas tendências contrárias ao governo dos fazendeiros. As políticas de alianças e de estratégias utilizadas pela BOC foram duramente criticadas pelas lideranças anarquistas.



Depois disto os lideres da BOC procuraram organizar os trabalhadores em sindicatos e lutar pela implementação de leis trabalhistas e pelo direito de participação política dos trabalhadores.

O governo dos cafeicultores também sofreu a oposição das camadas médias urbanas.
Os membros destas camadas  tinham o direito de votar, contudo esse direito era apenas formal, já que os resultados das eleições era fraudados pelos fazendeiros, militares criticavam estas fraudes e as corrupções eleitorais.



Entre os anos de 1922 e 1924 essas rebeliões explodiram no Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso e Rio Grande do Sul, durante reprimidas pelo governo federal.
Em 1925 os participantes das rebeliões de São Paulo e de Rio Grande do Sul uniram forças e iniciaram uma marcha pelo interior do país, com o objetivo  de mobilizar a sociedade e incentivar novas revoltas contra o governo, ficando conhecidos como Coluna Prestes com homenagem ao líder Luís Carlos Prestes.

Foram atacados continuamente  pelas tropas do governo central, mas resistiram vencendo diversos combates.



No partido Democrático atuavam principalmente os representantes  de alguns dos setores descontentes da elite proprietária.
Como eles defendiam mudanças apenas na organização política, os tenentes e os membros do Partido Democrático temiam o crescimento da força e da capacidade de organização dos operários.

Em 1920 a economia brasileira continuava a ter como principal atividade agrícola voltada à exportação, se destacando o café. Tendo qualquer desestabilização na produção ou na venda afetando a balança comercial do país.
Em 1929 quando o preço do café desabalou no mercado internacional, houve uma grande crise econômica (desestabilização) brasileira.

Derrubada do Governo
Descontentes com o governo, formaram uma coligação de oposição, chamada Aliança Liberal. Nela participaram grandes fazendeiros do Rio Grande do Sul e da Paraíba.
Getúlio Vargas foi apoiado pelos fazendeiros de Minas Gerais, que se consideraram traídos pelos paulistas. Alguns operários também apoiaram a liderança de Vargas.
Logo que assumiu o poder, Vargas dissolveu as Assembleias estaduais e o Congresso Nacional, mas também tentou controlar a polítoca nos estados, substituindo governadores.

No início do governo de Vargas foram estabelecidos alguns direitos, como o de jornada de trabalho, férias, aposentadoria e repouso semanal remunerado. Com isso Vargas pretendia conquistar o apoio de trabalhadores.
Procurou estabelecer uma política  de controle sob o conjunto dos operários, criando o Ministério do Trabalho, que tinha como objetivo controlar associações sindicais e associados. Também criou a Justiça de Trabalho com o objetivo de evitar conflitos entre trabalhadores e patrões.


Industrias e Fazendeiros



O governo Vargas procurava atender aos interesses dos setores da sociedade descontentes com o predomínio dos cafeicultores, com isso os industriais foram beneficiados por uma política de concessão de empréstimos e de limitação de importação. Com isso muitos deles puderam expandir os seus negócios.
Formando assim grandes grupos econômicos, como: indústrias, empresas de comércio, bancos e propriedades rurais. 




Muitos fazendeiros foram beneficiados pelo governo que procurou garantir a continuidade da produção agrícola e incentivar as exportações. Proprietários rurais não foram afetados com a legislação trabalhista, pois os trabalhadores do campo não tinham acessos aos benefícios.

Getúlio Vargas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário